quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

NÓS E A ÁGUA


45% da água potável é desperdiçada no Brasil, segundo uma pesquisa realizada pelo Sins –Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento, do Ministério das Cidades. Isso se deve a vazamentos na rede e uso inadequado da população.
Não usar mangueiras para lavar carros e calçadas - substituir por baldes, construir cisternas – reservatório de água e, fechar a torneira enquanto escova os dentes e lava a louça são ações que podem reduzir esses dados de desperdício.
A pergunta que se faz é quanto que vale nossa água? Somos o país com grande riqueza hídrica, e estamos mandando para o ralo nosso líquido mais preciso. Outro dado alarmante, é que apenas 19% dos municípios têm rede de esgoto, e estão poluindo rios, nascentes, córregos e mares.
É um atraso tremendo, se pensarmos em termos de economia do ambiente. Qual será o conceito de riqueza daqui a 50 anos, um montão de lixo plástico ou um mar limpo, que renda turismo responsável.
A ONU – Organização das Nações Unidas recomenda 110 litros de água por habitante, nos aqui no Brasil, gastamos 220 a 240 litros dia. Os mais ricos chegam a gastar 400 litros, enquanto os mais pobres gastas 100 litros. Ainda há uma cultura do posso pagar, então posso gastar. É a cultura do desperdício.
Para o economista Hugo Penteado, estamos agindo como os habitantes da Ilha de Páscoa, a única diferença é que eles cortaram a última árvore e perderam o solo e nós estamos fazendo isso globalmente.
É importante que a sociedade civil mude de atitude no seu cotidiano e cobre políticas públicas mais eficazes e incentivos fiscais às pesquisas tecnológicas ambientais.

Como cuidar da água

Construção de cisternas que é a captação de água da chuva dos telhados; é uma prática muito difundida em países como a Austrália e a Alemanha. A utilização de água de chuva traz várias vantagens: redução do consumo de água da rede pública e do custo de fornecimento da mesma, evita a utilização de água potável onde esta não é necessária, como por exemplo, na descarga de vasos sanitários, irrigação de jardins, lavagem de pisos, etc. Faz sentido ecológica e financeiramente não desperdiçar um recurso natural escasso em toda a cidade, e disponível em abundância no nosso telhado.
Ao comprar produtos de limpeza, consumir apenas aqueles que têm o selo biodegradável, pois só assim não haverá poluição de químicos na água. Pois é importante lembrar que a mesma água que é poluída é a água que consumímos. Segundo o economista Hugo Penteado, o lixo não desaparece, apenas muda de lugar.
Lutar contra o desperdício em favor da reutilização é alguma das sugestões do economista. Aprender a fechar a torneira e não usar a água como um recurso finito é uma forma de não ameaçar a vida na terra.
Algumas soluções práticas na construção civil estão no site
www.paradisoambiental.com.br

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Dia internacional da animação

Se Porto Alegre não tem o Anima Mundi, pelo menos tem um dia para comemorar o aniversário de mais de um século do cinema animação. Foi neste domingo, dia 28, na Assembléia Legislativa. Com entrada franca, e depois regado a um coquetel e pernas-de-pau, é um dos eventos mais bacanas da capital e exibiu na sua edição, nove curtas nacionais e 14 produções da França e Hungria.

Nas produções nacionais destaque para "Vida Maria" que vem de Fortaleza e apresenta em 3D, Maria José que larga os estudos para trabalhar. Cresce, tem muitos filhos e repete a mesma história com sua filha. Miséria não combina com educação escolar. Já "O Sapo e a Mosca" é uma comédia de poucos minutos em massinha, na qual, comida vira merda e merda vira mosca. "Juro que vi Matinta Pereira" mostra como o feio pode ser doce e amável. Lisandro Santos esteve presente com "Cidade Fantasma", uma biografia de todos os humanos que ficam no verão escaldante de Porto Alegre. O legal é que mostra a Lancheria do Parque nos mínimos detalhes.

Da Hungria destaque para Êletvonal - Life History (foto), são engrenagens sobre correntes, lutando por um espaço nos céus. "Open Book" vem da França apresenta em 3 D, na troca de páginas, 20 séculos, são maquetes animadas e coloridas. Já Virus, com uma boa trilha sonora, eletro, traz várias pixações homônimas.

Agora é só torcer para que Porto Alegre sedie o Anima Mundi. Hello patrocinadores, esse é um investimento que vale a pena.

domingo, 21 de outubro de 2007


Não à mamografia, viva a ecomamaria.

Chega de amassar as tetas.

Queremos creminhos!

Só mais uma chance

foto: Aline Bristol


Os Replicantes é realmente uma banda resistente e forte. O ano que vem faz 25 anos. Bodas de prata ou bodas de punk. Com a entrada de Julia Barth nos vocais mostrou que é uma das poucas bandas que têm coragem. Primeiro, porque o rock é machista e segundo, substituir o ex-vocalista, o mitooo, por uma mulher tem que ter culhão.

Mas Julia mostrou no último show do dia 14 de outubro, no Manara, que o punk rock pode ser de calcinha. Canta bem, não esquece das letras - coisa que era comum com o ex; tem atitude e está segura. Uma menina cantando, "vem menina prô velho motel da esquina", "tô de saco cheio de mulher enrustida, quero ser levado e servir de comida" é lindo.

A platéia mudou, os punks chatos foram embora e agora há mais meninas na platéia, que gritam: "Julia casa comigo!". O público feminino é o que mais apóia esta mudança. Apesar das mulheres não serem unidas. Mas quando o assunto é rock, há excessões à regra.

Quem fica por aí dizendo que não foi legal essa mudança, abra a cabeça e o bolso e, vá ao show. Se não gostar, devolvo o dinheiro!

Os Replicantes estão acima de qualquer componente. Têm letras inteligentes, coisa rara, diga-se de passagem, nesses tempos de EMO, e as novas canções também vêem com uma roupagem irônica como deve ser. O punk rock pelo menos está mais feminino, energético e menos bipolar.

sábado, 13 de outubro de 2007

"O Brasil deve ser egoísta em nome de seu povo, como os países desenvolvidos."
Andrew Cowell
Uma floresta pode gerar 1 bilhão de dólares ao ano.

As áreas verdes sequestram o carbono,
e isso no futuro terá grande valor para a humanidade.

Mas o desmatamento anual ainda é responsável por 18% do aquecimento global. Apesar da prática ter baixado 65% em 2007.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

As cidades devem ser sustentáveis


Segundo o professor do programa de pós-graduação da engenharia civil da Ufrgs, Miguel A. Sattler, que participou da conferência Cidades Sustentáveis, no 2º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, as cidades devem ser projetadas com potencial de sustentabilidade. Entre os temas abordados a acessibilidade aos alimentos, a contaminação das águas que será extremamente grave daqui a alguns anos e o uso das tecnologias para a preservação do meio ambiente.


É importante pensar as cidades daqui a 30 ou 40 anos, estamos degradando o planeta que é a nossa casa, afirmou. Todos as cidades devem ser sustentáveis, é importante nos preocuparmos com a contaminação da água e dos alimentos. Com as tecnologias existentes, a contaminação das águas poderia ser zero.


Para ele, a produção dos alimentos deve estar próxima às comunidades e como conseqüência haverá menos consumo de combustível, com a redução dos transportes. Segundo Miguel, não existem resíduos, mas recursos muito mal aproveitados. “O lodo, se tratado, se transforma em biofertilizante”, lembrou. Já o lixo pode ser transformado em gás, através de biodigestores.


Lembrou ainda que as cidades estão no limite do consumo. E deve-se mudar hábitos diários como o consumo de sacolas plásticas.

sábado, 29 de setembro de 2007

Parede de um squat em Zurich




Foto: Joice Giacomoni
Maio 2003

O melhor disco dos últimos tempos



Júpiter Mação nº 4 ou uma tarde na fruteira



Depois de quase dois anos do show de lançamento, o Cd Júpiter Maçã nº 4 ou uma tarde na fruteira chega ao mercado. Este é sem dúvida, um dos melhores álbuns já feitos no início deste século. O cd abre com Júpiter cantando "Antes de mais nada eu gostaria de explicar.." e assim nos apresenta ritmos brasileiros, rock'n'roll, mutantes, bossa nova, Birds, Bob Dylan, marchinhas, psicodelia e crônicas alcoólicas, num trabalho brasileiramente mundializado.


Lançado pelo selo Elefant Records da Espanha, as músicas já são conhecidas nas rádios B's e, quatro delas, também fizeram parte da trilha sonora do longa Wood&Stock. O Nº4 traz canções como "Síndrome de Pânico", dando ênfase às neuroses contemporâneas, "A marchinha psicótica de Dr. soup" que virou clipe, "Little Raver" às afetações psicodélicas, "As mesmas coisas" um fado português tupiniquim. Na décima música faz uma homenagem indiana a George Harrison, com "Beatle George".

"Carvão sobre tela" é uma bossa sobre os retirantes que circulam pelo mundo. Já "Base primitiva" é uma viagem pelo mundo dos deuses astronautas. São quinze canções da mais fina-flor sonora. O disco tem a produção musical e alguns sopros de Tomas Dreher.















quinta-feira, 27 de setembro de 2007

2007 - O que eles ouvem?



As coisas mudaram, mas não muito. Fiquei atenta no VMB 2007, os 13 anos da premiação da música jovem brasileira. Parece que há um novo cenário musical, bandas como NXZero, Fresno e Cachorro Grande estão ocupando o lugar de destaque das já consagradas, cansativas e super premiadas Capital Inicial, Charlie Brown Junior, O Rappa e D2.
Realmente o mercado é efêmero e as coisas mudaram. Mudaram para pior, os Emos estão ocupando o lugar. Bem vindo ao rock sertanejo.
O estilo Emo se tornou conhecido através da internet. A Fresno é um exemplo disso, chega na mídia já conhecida com shows feitos em vários festivais no país. São jovens de classe média, com um visual punk, dark, metal, que fazem um som com bases pesadas mas com letras de amor deprê. É romântico de novela.
A prova disso foi a participação do vocalista da Fresno cantando junto com "o" Sandi e "a" Junior. Há uma nova cena rock "popular" brasileira se formando, algo "emocionante".
Voltando para o VMB. E a Cicarelli, cara de ET de "dois andares com garagem pra guardar". Sou mais Fernanda Linda. E o João Gordo dançando com os idiotas do "pinicopânico". Sem comentários.
E o Marilyn Manson, nossa Madonna cruel. Uma punhetinha de leve, puro teatro. Teatro do horror pop.
Mas, o Edu K chegou perto. Participou do karaokê do Forgotten Boys, enfiou o microfone no cu, deu uma cheiradinha no micro e apertou as bolas do Paulo Ricardo. Salvou o rock. Mas é claro que as imagens sumiram, não passou e não tem no You Tube. Como assim?
A MTV é puro entretenimento, que às vezes respinga qualidade. Vai sair o acústico do Paulinho da Viola. O do Lobão ficou bacana com a orquestra de cordas. Pena que ele se calou, foi apropriado pela indústria. Assim calam-se os discursos. Mas deu piti na passagem de som, essa é a rebeldia do Lobão.
VMB parece um fórmula já desgastada. Mas a festa é boa para quem está lá, assim todos saem vencedores, alegres e satisfeitos. É diversão, o tempo todo.
As coisa mudaram um pouco, mas não foi para o bem, foi para o Emo.
O show da Cachorro Grande é realmente energético. Foi justo. Pelo menos é uma banda de rock real que está ali. O problema deste VMB que foi tudo muito óbvio, até demais.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Under Europeu


Garden Gang é uma banda alemã, que tem um estilo pós-punk, meio new wave. Vale a pena dar uma ouvida. São quatro caras e uma mina. Eles fazem muitos shows pela Europa. Numa pequena van, acomodam todos os equipamentos milimetricamente e se apresentam em pubs, squats e festivais alternativos europeus. Sempre bem maquiados de olhos pretos, são caprichosos na produção. www.gardengang.de

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

A redenção continua a mesma

Há sempre uma legião de pós-hippies que sobrevivem com seus violões desafinados,
São reconhecidos pelos seus malabares
Os ipês dão um tom de primavera, tá tudo verde, rosa e amarelo, um batidão no olhar
Os jovens desocupados dão um tempo faceiro no ócio
Alguns são artesões, os mesmos viajandões
Senhores, senhoras, buda e o Araújo lacrado
E a tribo de preto aos domingos à tarde
Cachorros voam as tranças para a liberdade de cheirar um cuzinho.

domingo, 2 de setembro de 2007

fuiii

Finalmente consegui fazer o meu Blog. Sou boa na crítica tecnológica, mas não tenho muita paciência para resolver probleminhas tecnológicos.