sexta-feira, 27 de junho de 2008

Individualistas engarrafados


Nunca a humanidade foi tão fascista, tão individualista. Principalmente a classe TOP TOP da pirâmide econômica.

Estava passando pelos canais de TV e parei para ver a barbie mais velha do mundo, a midiática Hebe Camargo. Papo vem, papo vai, a apresentadora entrou no tema engarrafamento. Disse que o trânsito da cidade de São Paulo estava um caos e algo tinha que mudar e falou: "A culpa desta situação são os carros velhos que circulam pelas ruas".

Fiquei chocada com o argumento da barbie velha, até os convidados; uma atriz e um diretor de teatro ficaram chocados. A questão é que quem pode ter um carrão, tem mais direito de ir e vir, do que aqueles que não têm um carrão com motorista. Eis aqui a direita democrata, o fascismo. Bem vindo a realidade baby.

Isso me fez lembrar, a questão dos carroceiros em Porto alegre, na qual foi aprovada uma lei que retira das ruas as carroças. Afinal elas atrapalham o trânsito dos carrões e ainda por cima, os carroceiros maltratam os animais.
Sim, mas quem são os animais nesta história? Quem senta na ponta da mesa? A revolução dos bichos já começou. E quem votou à favor da lei, come carne? Dizem os políticos TOPs TOPs, que os carroceiros receberão todo o auxílio do Estado. Tomara, pois são muitas pessoas catando nosso desperdício, caso contrário vamos, todos, ver a periferia fazer a revolução. A revolução vêm da periferia, não da classe média.
Mas aí comecei a analisar os pontos onde há mais engarrafamentos em Porto Alegre. Nos bairros mais ricos, na rótula da Nilo Peçanha/Carazinho, na frente dos colégios TOPs TOPs, nas avenidas e ruelas burguesas, como Padre Chagas, 24 de outubro etc....
Na verdade tá tudo engarrafado, todo mundo têm carro. Tem muito carro, até nos finais de semana tem muito carro. A culpa dos engarrafamentos é que a classe TOP TOP tem em média 2 carros na garagem. E eles não querem perder conforto e as mordomias. Enquanto isso a indústria automobilística faz mil promoções para vender a nova frota e comemora as boas vendas. Para todas as classes. E a classe média sorri faceira, pois paga o cachê da top model e do Rambo.
Só em São Paulo são 600 novos carros todos os dias que circulam na cidade. E a previsão para 2013 é que o Brasil produza 6 milhões de veículos.
É claro que falta transporte coletivo, a população cresceu muito, principalmente nas grandes cidades, mas falta também hábito de caminhar, andar de bicicleta e de usar o transporte coletivo. Carros em excesso geram um ar horrível. Mas, vale lembrar que o transporte coletivo é de qualidade. Talvez falte quantidade.
Engarrafamento tem em várias cidades do mundo nas horas do rush, o da manhã e do final de tarde. Já em São Paulo está norma não vale. Tudo está muito cheio.
Mas voltando aos papeleiros/carroceiros, são eles que limpam a cidade de Porto Alegre, sem custo para os cofres públicos. É claro que eles necessitam de auxílio do Estado, esta é a função do estado. Mas porquê o Estado já não fez isso? Poderia já ter disponibilizado as Faculdades de Veterinária para tratar dos animais e ensinar os carroceiros a cuidarem de seus cavalos. Carroça já foi um marco tecnológico e é uma forma de trabalho muito antiga, que deve ser preservada, mas com organização. Que tal fazermos vias onde passem os papeleiros em determinada hora, com peso controlado e cavalos bem tratados. Um charme. Ciclovia então nem se fala.
Mas quando o Estado TOP TOP chega, impõe uma nova realidade. Mexe com a auto estima destes trabalhadores informais, que vivem à margem dos bens descartados da classe TOP TOP, que é a maior poluidora do planeta.
Eu desejo que estes trabalhadores papeleiros/carroceiros se organizem, montem uma empresa de coleta seletiva, recebam treinamento/conhecimento, e consigam recursos internacionais, para se tornarem empreendedores de sucesso, e conquistem os mesmos direitos sociais da classe TOP TOP. Mas com outra cabeça e outra forma de consumo.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Os Replicantes estão ensaiando

Os Replicantes estão ensaiando novas canções. Há refrões como "As vezes o mocinho que é o bandido". É hardcore. No novo set list estão letras do amigo e parceiro Zicco, que compôs, "Eu Tenho Sangue Sujo".
Há também "Terrorismo sem Bomba", da banda Cobaias, na qual Cláudio, Cleber e Zicco faziam parte no início dos 90; além de "Sai Daqui" um punk rock que fala daquele amigo que você até gosta, mas não pára de falar, e só fala de si. "Chore Meu Bem", é o hit new wave, para as pessoas que se mantém alienadas nesse tempo de aquecimento global. A duas canções são dos Tubarets, banda na qual era letrista e baterista.
Aquilo que era ficção científica virou mundo real, bem real na canção "Second Life". Já "Maria Lacerda" vem com a letra "..livre de muleta, direito ao prazer sexual, independência social/cultural". Um punk rock feminista e anarquista. Para ouvir wwww. osreplicantes.com.br

Desenho em grafite do Trampo

segunda-feira, 23 de junho de 2008

domingo, 22 de junho de 2008

Soul music pós Chuck

Depois do show do Chuck festinha no Ocidente era a Blow Up, com Julia Barth e Velha nas manobras sonoras e, no Ox a festa Kiss My Jazz....só soul music e jazzzzz....que noite fina...no final cachorro quente às cinco da manhã, na josé bonifácioooo, com a amiga Aline.

Vento forte marca chegada de Chuck Berry em POA


Era aproximadamente 9 da noite e um forte vento mostrou que Chuck Berry estava na cidade. Era sexta-feira. O show aconteceu no sábado , dia 21/06/08.
Ele é uma tempestada do rock, uma celebração do mais puro rock'n'roll.
Ma o mais legal é que quando foi anunciado que Chuck entraria no palco, não deu outra, não tinha setor, A, B, C, não tinha esse papo de ficar sentado, nas cadeiras numeradas....tomamos o espaço do setor A e deu para ver o show na beira do palco, emocionante.
Deu até para ver o show de cima do palco...ehh..quando ele chamou as meninas para dançar com ele.
Eu não me aproximo do cara que deu um socão na cara do keith richard, mas subi no palco e fiquei vendo o show. Uma música. Uma celebração! Cheguei perto. Mas a Tina ficou do lado, isso que é ser fina no rock.